Seminário Internacional de Destreinamento e Transição de Carreira




O Seminário Internacional de Destreinamento e Transição de Carreira representou um significativo marco para essa discussão no país por se tratar de uma ação pioneira nesse campo.
Além de reunir renomados atores sociais desse processo lançou um documento que passará a nortear as dicussões e ações subsequentes no país.
Abaixo segue a CARTA DE SÃO PAULO SOBRE TRANSIÇÃO DE CARREIRA ESPORTIVA, documento produzido na ocasião.


CARTA DE SÃO PAULO SOBRE TRANSIÇÃO DE CARREIRA ESPORTIVA


O Seminário Internacional de Destreinamento e Transição de Carreira Esportiva, realizado nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2009, foi uma iniciativa da Associação Brasileira de Psicologia do Esporte e da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, com o apoio do Ministério do Esporte, da Faculdade de Medicina e da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo.
Atletas, pós-atletas, técnicos, dirigentes esportivos, psicólogos, médicos e outros profissionais da área esportiva discutiram e analisaram como se dá o destreinamento e a transição da carreira de atletas. Contando com a presença de 48 debatedores e conferencistas experts no tema tanto no Brasil como em Cuba e Estados Unidos, bem como com uma audiência de 172 pessoas, entre eles representantes de diversas instituições representativas do esporte brasileiro, o Seminário teve como proposição levantar as principais questões relacionadas com a transição de carreira do atleta no Brasil e apontar proposições para a construção de políticas públicas direcionadas para o tema.
Ao final do processo de debates as entidades participantes do evento apontaram os seguintes pontos:
• A importância de se criar uma política clara de transição de carreira e a intenção do Ministério do Esporte de trabalhar nesse sentido;
• A caracterização da Transição de carreira como um momento de um processo mais amplo com repercussões para a saúde física e mental;
• E a necessidade de compreender a transição de carreira como um fenômeno social que necessita de atenção específica dentro das políticas públicas de Esporte, Educação, Saúde, Trabalho e Previdência.
• Mobilizar as pastas do Ministério do Esporte e da Educação na construção de um Projeto de Transição de Carreira Esportiva;
• Incluir a discussão da Lei Pelé e suas conseqüências para o tema destreinamento e transição;
• Refletir sobre a organização dos sistemas esportivos (pautado em clubes e equipes) e sua falta de vinculação ao sistema educacional
• Reforçar a importância e a efetividade da participação de instituições e associações no trabalho junto ao poder público no desenvolvimento destas condutas.
• Considerar o processo de transição na carreira esportiva e da carreira em si;
• Elaborar programa de Educação Formal que não seja convencional e possa estar adaptada às condições do calendário do atleta como, por exemplo, Educação à Distância;
• Relativizar e incluir as instâncias familiar e profissional a que estão expostos os profissionais do esporte;
• Valorizar as histórias de vida de profissionais do esporte e seus processos de destreinamento elaborando programa de destreinamento nos âmbitos físico e mental (reaprendizado do corpo; tomada de decisão, entre outros);
• Planejar durante a carreira e ao final dela, estratégias de enfrentamento realistas e de acordo com as necessidades de cada um (prevenindo adicção, falência financeira, etc);
• Promover a formação e orientação de equipes profissionais que estarão envolvidos no Projeto de Transição de Carreira;
• Lidar com o fim de carreira dos profissionais envolvidos no contexto esportivo (técnicos, preparadores físicos, entre outros)
• Lidar com a diferença dos conceitos formação e profissionalização.
• Desenvolver processos realistas de capacitação e colocação profissional, evitando expor ou subaproveitar as contribuições destes atletas.
• Atuar com o indivíduo/atleta desenvolvendo características de independência e apropriação de sua vida e carreira, instrumentalizando o atleta em suas escolhas e tomadas de decisão durante toda e cada fase de sua carreira.
• Avaliar demandas específicas das diferentes fases de maturação biopsicosocial dos profissionais do esporte (fase infantil, pré-púbere, púbere e adulta)


Associação Brasileira de Psicologia do Esporte
Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte
Secretaria Estadual de Esporte e Lazer do Rio Grande do Norte
Federação das Associações dos Atletas Profissionais
Comissão Nacional de Atletas
Instituto Vanderlei Cordeiro de Lima
Associação de Familiares de Atletas de Futebol
Escola de Educação Física e Esporte da USP
Faculdade de Medicina da USP
Universidade Potiguar – RN
Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército
Escola de Educação Física do Exército
CONFEF/CREF
SOGIPA (Sociedade Ginástica de Porto Alegre)
Esporte Clube Pinheiros

1 comentários:

Tiago Duarte disse...

Qual será o valor da inscrição?

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